AMADORISMO

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Jô Rodrigues lança livro de poesias

Jô Rodrigues lança livro de poesias
às 13:40
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SOBRE A AUTORA

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Jô Rodrigues
Vitória, Espírito Santo
Nascida em Linhares/ES aos 12 de junho de 1978. Escritora, poeta e amadora.Graduanda do curso de Letras Portugues da UFES. Membro correspondente da Academina Cachoeirense de Letras onde tem publicados vários poemas na Revista anual publicada pela Academia. Recebeu menção honrosa no VI Concurso Rubem Braga de Crônicas (2009) com o texto "Rotina Diária". Publicou o poema "A Menina pela Metade" na Antologia de Poetas Brasileiros - Volume 55, da Camara Brasileira de Jovens Escritores em maio de 2009. Participante do Coletivo Eixada – Projeto interestadual que reúne mais de 20 artistas entre escritores e artistas plásticos com o objetivo de divulgar a arte por todo o país através de formas alternativas de publicação. O primeiro projeto realizado foi a elaboração de um Livreto contendo escritos, desenhos, quadrinhos dos artistas e que já foi lançado nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza; com programação para lançamento em Pernambuco, Santa Catarina, Minas Gerias e Espirito Santo.
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SOBRE O AMADORISMO

Por Wanda Alckmin - Escritora e membro da Academia Feminina Espírito-santense de Letras

A poesia de Jô Rodrigues fala por si desde o seu início. Conta-nos desse sentimento que nasce e vem crescendo com o tempo...
Sua poesia é pura coragem. Ela nos busca, nos instiga e nos faz refletir sobre os diferentes olhares que, ao mesmo tempo, nos causa espanto e alegria ao defrontarmos com a nossa própria companhia.
Começarei pelos versos do Amadorismo em que a poeta se decreta em pedaços:
“... pedacinhos de um sonho menino, que se acabou com uma voz alta, um grito, que vem lá do fundo de um corpo vazio onde se encontram pedaços; pedacinhos de um sonho lágrima de alguém que chora baixinho escondido no fundo de um corpo vazio, onde se encontram pedaços; pedacinhos de um sonho amor, que não existe nem aqui, e nem no fundo de um corpo vazio, que agora se encontra em pedaços: pedacinhos”.
Suas palavras tecem significados específicos dentro de nós, leitores e nos clama a desvendar nossos mistérios, impulsionando-nos à completude desse “eu” que nunca conseguimos entender na sua extensão completa.
Por isso, a poeta se revela em partes e procura, em número de seis, nos chamar, pois é assim que seus encontros se sucedem e agem sobre nós.
A poesia de Jô Rodrigues rompe métricas, o que está preestabelecido, e traça o seu compromisso com as palavras, pois, como os poetas, ela faz o seu caminho atravessando várias fases do seu eu:
“... Então como o que eles viram em mim era apenas loucura,
eu me tornei louca...
Era apenas doença,
adoeci”.
Outras vezes, o seu “eu” se encontra em reflexão:
“... Faz-me repensar o tempo que não pensei. Faz-me tentar controlar minhas potencialidades. Faz-me pensar que ainda sei”. “Cansei desse perambulo onde as pessoas não se reconhecem, talvez elas próprias não se reconheçam”.
A autora surpreende nos provocando seus segredos, segredos esses só revelados a quem quebra seus limites, saindo de seu labirinto e rompendo esse círculo com o seu verso em grito:
“Não é crise existencial”
Jô supera todas as etapas das suas seis fracções. E na sua madurez se permite a se cortar, a se tornar pedaços, indo ao encontro dos versos de Cecília Meirelles:
“Aprendi com as primaveras,
a deixar-me cortar e, a voltar sempre inteira”.
Jô Rodrigues se refaz para se permitir cortar e em pedacinhos se recompõe e se torna inteira novamente e, cada vez mais inteira, chega até nós.
Esse é o seu primeiro livro no qual ela sai de seu exílio e se rende às palavras, aos versos, à sua unificação inteira.
___________________
Por Priscila R.Milanez - Sociologa e escritora

Palavras descritivas, secas e concisas não seriam suficientes para apresentar essa nova escritora que desponta no mundo literário, tampouco dariam conta de desvelar toda profundidade e beleza prosaico-poética com a qual leitor se deparará ao passear seus olhos irrequietos sobre cada uma das páginas que compõem esse livro. Bastaria dizer que a cada página folheada, abrem-se aqui as cortinas para uma escritora que, para muito além da racionalidade programada e calculada de que fez seu ofício, se entregou plena à sedução das letras que, seja em prosa, seja em poesia, desde cedo cadenciam seus passos.
Esse livro é passarela por sobre a qual desfilam as palavras que traduzem seu olhar sobre o amor, a angústia, a solidão e toda a delicadeza e força bruta de ser e de sentir em demasia.
___________________
Por Andréia Delmaschio

A escrita de Jo nasce como um rio do Norte: suave, simples, sutil e vai tomando força pelo caminho, rolando pedra, levando folhas... até que o leitor, que a acompanha num nado de peito, de repente se vê surpreendido pela densidade, pelo volume, pela correnteza inesperada e de caminhos incertos com os quais se depara. Um tronco, socorro! A cachoeira... "Como o que viram em mim era apenas loucura, eu me tornei louca... Era apenas doença, adoeci".
Ao modo de um pesadelo, ela nos faz despertar antes que sufoquemos. E não se trata ainda de melancolia, mas de uma tristeza viva, que constrói e derruba, aos chutes, rasgando a pele, castelos de areia, restos de infância, rostos sombrios, farsas familiares, relações de bolso, sorrisos forçados... O medo que esse seu mundo nos incute é o medo-mor de nos olharmos ao espelho: existe alguém mais solitário e infeliz do que eu? Existe, ela responde, e nos apresenta sua gêmea, sem alma, sem paz, à procura: "A água da geladeira acabou. Eu faço cubos de gelo no computador".
Quem tiver coragem, compre o ingresso para essa primeira Jo Rodrigues: "Quem disse que só a mãe sente as dores do parto?".
O que ainda nos virá daí, por ora ninguém imagina...















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